Seu nome verdadeiro é Robert Leroy Johnson e como haveria de ser, nasceu e cresceu no Mississippi (um dos berços do Blues, juntamente com Louisiana, Geórgia e Alabama). Reza a lenda que Johnson adquiriu incrível talento para tocar vendendo sua alma ao diabo perto da meia-noite, numa encruzilhada da rodovia 61 com a 49, levando consigo uma garrafa pela metade de whisky e sua Dobro 1927 californiana com as cordas tão velhas que abria cortes em seus dedos longos e finos. Logo após o momento Faustiano firmado com o demônio, Robert Johnson viria compor o que para muitos são os “maiores blues de todos os tempos”. A influência de Johnson é tanta que nomes como Muddy Waters, todo o Blues eléctrico de Chicago dos anos dourados de 50, Eric Clapton, Rolling Stones e White Stripes (que gravou a música Stop Breaking Down em seu álbum de estréia) se declaram fãs incondicionais de seu trabalho.
Mas eu particularmente,não acredito que ele tenha feito nenhum pacto.Porque hoje em dia é tão dificil de assumir que alguem tem talento?,só porque o cara era foda,as pessoas tentam questionar um dom,afirmando que tudo não passa de um trato com o demo.
Apesar de talentoso,Johnson tinha uma fama de ser farreiro,gostava de muitas mulheres,provocou a ira de muitos maridos traídos.
A carreira de Robert Johnson foi tão curta quanto influente. Tendo gravado apenas 40 músicas em apenas duas sessões de estúdio e uma música (Kind Hearted Woman) em uma apresentação de rádio, Johnson é responsável pela definição do som que seria uma das raízes para a criação do blues moderno e do rock and roll.
Filho de lavradores, Robert Lee (Johnson era apenas um nome artístico) nasceu em 1911 no Missisipi, berço do blues americano e de fortes conflitos raciais. Trabalhou no campo até os 16 anos, quando resolveu seguir carreira artística tocando gaita e violão. Desde então não parou de viajar, tocando em todos os lugares em que pudesse, principalmente na rua.
Em sua curta carreira profissional, de 1936 a 1938, Johnson não conseguiu em vida nenhum reconhecimento comercial, tocando apenas em prostíbulos e inferninhos. Conseguiu, porém, reconhecimento dos companheiros músicos, tendo recebido ainda em vida o título de "The King of the Delta Blues Singers". Seu estilo diferente de tocar levou outros músicos a dizerem que ele havia feito um pacto com o diabo em troca de sua habilidade. A história do pacto foi ainda mais difundida após a gravação de músicas como Me and The Devil Blues e constantes confusões envolvendo espancamento de mulheres e sua morte misteriosa.
Robert Johnson morreu aos 27 anos, após se sentir mal em um show e passar três dias em estado de coma. A versão mais provável e difundida de sua morte foi a de que ele havia sido envenenado por uma amante ou por um marido ciumento. Embora fosse casado pela segunda vez (a primeira mulher havia falecido durante um parto) Johnson nunca havia abandonado a vida de farras. Também existem versões de morte por espancamento, apunhalamento e armas de fogo diversas, mas apenas a versão do envenenamento tem alguma credibilidade.
Em sua época Robert Johnson foi influência de alguns artistas de blues (Muddy Watters, entre outros) que por sua vez viriam a influenciar todos os artistas de rock que surgiriam na década de 50. Sua música foi novamente descoberta e gravada nos anos 60, sendo influência direta para bandas como Yardbirds, Cream, Led Zeppelin, Rolling Stones, The Who e inúmeros outros.
No início da década de 90 a obra completa de Johnson foi remasterizada e lançada com grande repercussão mundial, tendo sido finalmente reconhecida sua grande influência na música contemporânea.
Paralelamente ao relançamento de sua obra foi gravado um filme com Ralph Machio (o garoto de Karate Kid) relacionado a ele. O filme trata-se de uma alegoria sobre a vida de Johnson, abordando principalmente o seu provável pacto com o demônio, e tem a participação especial de Steve Vai. O filme chamado Crossroads (no Brasil A Encruzilhada) trata-se de uma boa fonte de referência para aqueles que queiram saber um pouco mais sobre o mito Robert Johnson.
Curte o som ai do pai do Blues!!
Fascinante e envolvente a história de Robert Johnson como fantástica é a própria história do blues. Excelente artigo e de fundamental importância para os amantes do som do Mississipi.
ResponderExcluirÂngela Gullar Sollares